segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dia do Bebê no Parque e GRANDE MAMAÇO - 27 de novembro de 2011




Dia do Bebê no Parque, que acontecera no dia 27 de novembro (domingo), das 9h30min as 13h30min, no entorno do Espelho d¡¦agua.
A programacao contara com:
-Passeata dos Bebes.
- Shows e espetaculos teatrais infantis, mostra fotografica, atividades circenses, desfiles, personagens infantis e presenca de bonecos.
- Apresentacoes de dancas, oficinas de brinquedos, recreacao, hora do conto, arte e muitos brindes.
- Brincadeiras de expressao artistica, circuitos, caca ao tesouro, robotica, brinquedos como cama de bolinhas, cama elastica e inflaveis.
- Servicos a populacao: teste do dedinho (anemia), orelhinha e visao (com doacao de oculos), verificacao de pressao, glicose, vacinas, massagem para bebes e mamaes, coleta de leite, doacao de sangue e muitos outros.

ATO PRÓ AMAMETAÇÃO - GRANDE MAMAÇO



Quando: 27 de novembro, durante as comemorações do Dia do Bebê no Parque.
Horário: 10hs.
Local: Parque Farroupilha/Redenção, em Porto Alegre/ Espaço Humaniza: Bebê e Família.
Promoção: Flor do Sul e PIM.
Promoção: Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura Municipal de Porto de Alegre. Coordenação: Primeira Infância Melhor – PIM/Departamento de Ações em Saúde/Secretaria Estadual da Saúde. Secretarias Participantes: Secretarias de Estado da Educação, da Comunicação, da Justiça e Direitos Humanos, do Trabalho e Desenvolvimento Social, das políticas para Mulheres e da Cultura. Apoio: Gabinete da Primeira Dama do Estado e de POA, UNESCO, Comitê Estadual para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância (CEDIPI) e Comitê Estadual de Prevenção da Violência.


Confira a programação completa: click aqui

fonte: www.pim.saude.rs.gov.br

FREE HUGS PORTO ALEGRE



Você quer dar (faça seu cartaz) ou receber um ABRAÇO ???
Então esteja no Portico da Redenção às 10 horas
do dia 26 de novembro, vamos nos encontrar lá
Sábado 26/11
às 10 horas
no Portico da Redenção- Porto Alegre-RS

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

LANÇAMENTO - LIVRO - Na Pele de Jó

Por: Simone de Carvalho

Uma gestação aparentemente tranquila e a expectativa da chegada do segundo filho muito esperado. Pais que tiveram o diagóstico assim que casaram que não teriam filhos... Era na verdade, um milagre. Mas, em um piscar de olhos, um diagnóstico terrível que mudariam suas vidas para sempre. A autora Simone de Carvalho transformou o seu diário pessoal de um ano em um livro cheio de emoções, dor, sofrimento e esperança. Uma leitura que certamente irá mudar a sua maneira de enxergar e compreender como a maternidade é sublime.



Simone é a fundadora da AMS Brasil


Adquira o seu: COMPRE AQUI

Semana Estadual do Bebê - 20 a 27 de novembro de 2011































Confira a programação: Click aqui

sábado, 22 de outubro de 2011

A Higiene do Bebê

por Enf.ª Maylu Souza
colunista do Pediatria Brasil e autora do Enf.ª Maylu Souza

A troca das fraldas

A Higiene do BebêA troca das fraldas é feita em média oito vezes por dia. Utilize algodão umedecido com água morna e limpe de cima (no sentido da região genital) para baixo. Dessa forma evita-se a contaminação de resíduos das fezes nas genitais do bebê. Use um algodão cada vez que passar na pele da criança. Seque toda região antes de colocar a fralda.

O talco deve ser evitado, pois pode ser aspirado pelo bebê. Use sempre produtos de higiene específicos para bebês.

O banho

Na hora do banho a mãe deve ter o cuidado de deixar todos os itens necessários próximos a banheira: toalha, fralda, roupinha, os produtos de higiene que serão utilizados e alguns brinquedos adequados, para que a criança possa associar o banho como uma experiência positiva. Lembre-se de retirar anéis e pulseiras que possam atrapalhar ou até machucar o bebê!

O ambiente precisa ser tranquilo e as portas ou janelas devem estar fechadas para evitar correntes de ar. Teste a temperatura antes de por o bebê na banheira: a temperatura ideal é entre 36ºC e 37ºC, pois esta é a mesma do corpo humano. A medida da água na banheira deve ser em torno de 15 cm (na medida do umbigo do bebê).

O melhor horário para o banho é entre 11h e 15h (são os horários mais quentes do dia), mas também pode ser realizado antes do bebê dormir. O banho não precisa ser demorado. O ideal é que dure cerca de 15 minutos.

Os olhos e as orelhas devem ser higienizados no momento do banho. Para os olhos use algodão umedecido com água morna ou com soro fisiológico. Use uma bolinha de algodão para cada olho, deslizando suavemente pela pálpebra e no canto do olho. Em caso de secreção, pode-se utilizar uma gaze umedecida. As orelhas são higienizadas apenas externamente. Cotonetes só podem ser usados na dobras da orelha do bebê, nunca no ouvido.

A higiene oral e nasal

A higiene oral pode ser feita com uma dedeira, gaze ou fralda umedecida com água filtrada. Deslize suavemente para limpar as gengivas, bochechas do bebê e a língua, em média duas vezes por dia ou sempre que necessário.

As narinas podem ser higienizadas superficialmente e de forma delicada com cotonete ou gaze umedecida com soro fisiológico.

O corte das unhas

O corte das unhas do recém-nascido deve ser realizado com uma tesoura específica, de ponta arredondada. Também é possível lixar as unhas do bebê delicadamente de baixo pra cima. O ideal é que o corte seja realizado enquanto o bebê dorme.

A pele do bebê

Na maioria dos recém-nascidos ocorre uma descamação fisiológica no corpo do bebê durante as primeiras semanas de vida fora do útero materno. Por se tratar de um processo natural, não necessita de tratamento, pois em poucos dias desaparece. Caso persista a descamação consulte o pediatra para avaliar o seu bebê.

Última atualização: 30/08/2011.

Fonte: http://www.pediatriabrasil.com.br/2011/08/higiene-do-bebe.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Campanha Doação de Leite Humano

Já está em vinculação a nova Campanha de Doação de Leite Materno protagonizada pela apresentadora Luciana Gimenez e seu filho Lorenzo .

“O leite materno é importante para todos os bebês. Só que alguns não podem ser amamentados pela própria mãe. Mas você pode ajudar doando leite materno. Faça como eu: seja uma doadora.” Luciana Gimenez

Vídeo






Cartaz






















Folder






























Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=4504

terça-feira, 11 de outubro de 2011

MAMAÇO em Porto Alegre!


MAMAÇO em Porto Alegre!

Porque amamentar é beleza pura.

Dia do Bebê na Redenção.

Mães gaúchas, vamos nos reunir no dia 27 de Novembro de 2011 das 8:30 ás 13:30 no Espelho D'água da Redenção, para um Ato Pró Amamentação.

Informações: www.amamentacaobonecasemamas.blogspot.com

NESSE DIA VAMOS ARRECADAR POTES DE VIDRO COM TAMPA PLÁSTICA PARA DOAR AO BANCO DE LEITE HUMANO DO HOSPITAL FÊMINA DE PORTO ALEGRE!


Dicas











Click aqui


















Click aqui.










Fonte: http://www.pim.saude.rs.gov.br/a_PIM/php/index.php

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ENAM 2012 - XII ENCONTRO NACIONAL de ALEITAMENTO MATERNO



A Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar
IBFAN Brasil - realiza desde 1990 o Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM).
O ENAM é um dos maiores eventos relacionados com a Amamentação, apresenta palestras, oficinas, seminários, cursos. Um evento completo e 100% em defesa do direito de Amamentar.
O proximo Encontro Nacional de Aleitamento Materno já tem data e local.
Será nos dia 21 a 23 de Agosto
de 2012 na cidade de Fortaleza - Ceará - BRASIL. Dia 19 e 20 de agosto haverá os cusros pré-encontro!!


A Flor do Sul participa do Enam desde 2006 quando o evento foi realizado na capital dos gaúchos. Oferecendo cursos e expondo nossos materiais educativos.







Mais informações:www.aleitamento.com

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Os PRIMEIROS DENTINHOS do BEBÊ e a AMAMENTAÇÃO





Amamentar não dá cárie!


AMAMENTAÇÃO:

AJUDA a ARCADA DENTÁRIA


As
mamães podem ficar tranquilas. Segundo o especialista, amamentar favorece a dentição e ajuda no posicionamento da arcada dentária dos pequenos, pois envolve diversos movimentos, como fechamento e retração
da mandíbula, além dos realizados com a língua na aréola.


No entanto, ao contrário, a chupeta causa danos à dentição infantil.
Carvalho explica que o uso leva à mordida aberta, à mordida cruzada e a uma má postura da língua.

“Os bebês amamentados e que não usam chupetas ou mamadeiras têm menos problemas fonoaudiólogos e
ortodônticos.”

Leia mais no www.aleitamento.com











...


Marcus Renato de Carvalho - É pediatra e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ. Especialista em Aleitamento Materno pelo IBCLC. Um dos autores do livro “Da Gravidez à Amamentação” e editor do site www.aleitamento.com.



Fonte: http://www.aleitamento.com.br/a_artigos.asp?id=3&id_artigo=2567&id_subcategoria=4
Autor: Dr. Marcus Renato de Carvalho
Data: 15/9/2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

IV CONGRESSO PAULISTA DE BANCOS DE LEITE HUMANO




Período: 2 a 4 de dezembro de 2011
Local: UNIFESP Teatro Marcos Lindenberg Rua Botucatu, 862 - Vila Clementino São Paulo / SP - BRASIL

Descrição: TEMA CENTRAL: O ALEITAMENTO MATERNO E LEITE HUMANO: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Para a realização do IV Congresso Paulista de Bancos de Leite Humano e XIV Encontro Paulista de Aleitamento Materno o grande desafio é a necessidade de dar continuidade ao desenvolvimento de competência para uma nova forma de pensar as questões relacionadas à amamentação e às atividades dos Bancos de Leite Humano -BLHs. Para tanto, vale propor cinco níveis de investimento: · A construção de vias que facilitem o acesso dos profissionais aos novos saberes · A definição de caminhos que possibilitem o desenvolvimento científico · A elaboração de Projeto de Formação de Recursos Humanos para o Programa Nacional de Qualidade em Bancos de Leite Humano · A implantação do Programa de certificação de qualidade, a padronização de rotulagem e instruções de doação e distribuição de Leite Humano · A importância do Aleitamento Materno na prevenção da fome e doenças passando pela discussão da ecologia do desenvolvimento humano.

Fonte: www.aleitamento.com.br/a_eventos_detalhes.asp?evento=133

Fralda Descartável ou Fralda de Pano?


Já está no Portal Grávida e Cia o novo texto na minha coluna: Fralda Descartável ou Fralda de Pano?

Muitas mães preferem utilizar as fraldas descartáveis em seus bebês devido à praticidade que elas fornecem, porém, apesar dessas fraldas serem mais práticas elas podem causar alergia e irritação na pele sensível do bebê, sem falar que o uso em grande quantidade das fraldas descartáveis atualmente se tornou também preocupante para a situação ambiental do nosso planeta.

A maioria das pessoas não sabe, mas um bilhão de árvores são usadas, no mundo inteiro, anualmente, só para suprir a indústria de fraldas! Após sua utilização, as fraldas ainda levam em média 450 anos em sua decomposição.

Usar fraldas de pano também representa economia para a família, pois uma criança utiliza é média 5500 fraldas descartáveis durantes seus primeiros dois anos de vida!

No Brasil, apenas 27% das crianças de 0-30 meses usam fraldas descartáveis, mesmo assim são descartadas:


- 204 fraldas por segundo
- 12. 240 fraldas por minuto
- 734.400 fraldas por hora
- 17.625.600 fraldas por dia

Preocupadas com esses dados, muitas empresas estão investindo no mercado sustentável, é possível adquirir fraldas de pano em lojas com produtos de puericultura e até comprar pela Internet.

Como se deve realizar a troca da fralda e higienização do bebê?
  • Para prevenir a alergia e a irritação na pele do bebê a troca das fraldas deve ocorrer pelo menos oito vezes por dia, no mínimo.
  • Deve-se utilizar algodão umedecido em água morna e limpar de cima (no sentido da região genital) para baixo para evitar contaminação de resíduos das fezes nas genitais do bebê.
  • Para cada passada use um algodão umedecido.
  • Seque toda região antes de colocar a fralda.

Maylu Souza
Enfermeira Pós-graduanda em UTI Neonatal e Pediátrica, Especialista em Obstetrícia, Saúde Pública e Docência do Ensino Superior. Professora de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e da Escola Técnica de Enfermagem de Itabuna (ETEI). Já atuou como Doula no Hospital Manoel Novaes e foi Enfermeira da Maternidade Ester Gomes. Enfermeira do HIPERDIA (Programa de Hipertensão e Diabetes). Membro da Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da infância e adolescência (SOGIA). Realiza atendimento domiciliar (Home Care): Consultoria em Aleitamento Materno, Orientações e cuidados gerais de Puerpério e com o Recém-Nascido, Drenagem Linfática na Gestação e Pós-Parto, Massagem Terapêutica para Gestantes e Shantala.
(73) 8863 - 7798
Fonte: www.maylu.com.br

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mães inteligentes amamentam os seus filhos

Há mais de 80 anos se sabe que os bebês que recebem aleitamento materno se tornam crianças mais inteligentes. Mas as mães que amamentam seus filhos são mais inteligentes, em média, do que as não amamentam, e a inteligência é em grande parte hereditária. Será, então, que o aleitamento materno aumenta a inteligência das crianças?

Mulher amamentando seu filho.

Pesquisadores escoceses fizeram um estudo completo sobre o assunto. Primeiro, cruzaram informações sobre as mães com informações sobre as crianças; a partir daí, fizeram tanto uma análise hierarquizada quanto uma comparação entre irmãos amamentados e não amamentados. Por fim analisaram em conjunto as pesquisas anteriores sobre o assunto e compararam o resultado dessa análise com os próprios resultados.

O artigo, publicado British Medical Journal, concluiu que o aparente efeito benéfico do aleitamento materno sobre a inteligência infantil é melhor atribuído ao ambiente da criança e, principalmente, à inteligência da mãe.

Os estudos prévios mostravam um aparente benefício da amamentação para a inteligência das crianças. O resultado variava consideravelmente de um estudo para o outro, com os estudos mais refinados encontrando menos associação entre aleitamento materno e inteligência infantil. Por fim, houve evidência de viés de publicação, ou seja, parece que os estudos que encontraram a associação tinham maiores chances de ser publicados.

Essa pesquisa mais recente não invalida a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento dos bebês. Os próprios autores enfatizam que todas as pesquisas revisadas, além da deles, foram realizadas em países desenvolvidos, de forma que as conclusões não podem ser automaticamente estendidas aos países menos desenvolvidos. Além disso, o aleitamento materno tem vários outros benefícios (inclusive para as mães!), que não foram abordados no artigo.

De qualquer forma, ficou provado que amamentar os filhos é um sinal de inteligência.


Fonte: http://leonardof.med.br/2011/08/22/maes-inteligentes-amamentam-os-seus-filhos/

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como reconhecer um profissional de saúde que não apoia a amamentação

breast-is-best_red

Todos os profissionais de saúde dizem apoiar a amamentação. Mas muitos apenas apoiam enquanto corre bem, e outros nem isso. Mal surge algum problema com a amamentação — ou em qualquer outro aspecto da vida da nova mãe —, muitos aconselham o desmame ou a utilização de suplementos. Apresentamos a seguir uma lista parcial de pistas que podem ajudá-la a descobrir se um profissional de saúde apoia a amamentação, pelo menos o suficiente para, no caso de ocorrer algum problema, se esforçar por ajudá-la a continuar a amamentar.

Um profissional de saúde que não apoia a amamentação:
1. Oferece-lhe amostras ou publicidade de leite artificial. Estas amostras e publicidade induzem à utilização do produto e a sua distribuição chama-se marketing. Não existem provas de que uma determinada marca de leite seja melhor ou pior que outra para um bebé normal. A literatura, os CD’s ou vídeos que acompanham as amostras são modos de subtilmente (e não tão subtilmente) minar a amamentação e louvar o leite artificial. Se não acredita, pergunte a si mesma porque é que as marcas de leite artificial andam a utilizar tácticas agressivas para que o seu médico ou hospital lhe ofereça a literatura e as amostras deles e não as de outras marcas? Não deveria também perguntar a si mesma porque é que o profissional de saúde não publicita a amamentação?

2. Diz-lhe que a amamentação e o biberão são essencialmente a mesma coisa. A maior parte dos bebés alimentados a biberão crescem saudáveis e seguros e nem todos os bebés amamentados crescem saudáveis e seguros. Mas isto não significa que a amamentação e o biberão sejam essencialmente o mesmo. O leite artificial é uma versão rudimentar daquilo que se conhecia sobre o leite materno vários anos atrás, e esse conhecimento por sua vez é uma aproximação também rudimentar a qualquer coisa que não cessa de nos surpreender e de que só agora começamos a ter alguma ideia. Por exemplo, sabemos há muito que o ADH e o ARA são importantes para o desenvolvimento do cérebro do bebé, mas foram precisos anos para se conseguir adicioná-los ao leite artificial, sem que isso signifique que tenham o mesmo papel, pois a absorção a partir do leite artificial é diferente da absorção a partir do leite materno. As várias diferenças têm importantes consequências para a saúde. Muitos elementos do leite materno não se encontram no leite artificial, embora saibamos há muitos anos da sua importância para o bebé — por exemplo, anticorpos e células que protegem o bebé contra infecções, factores de crescimento que ajudam o sistema imunitário, o cérebro e outros órgãos a desenvolver-se. Amamentar não é o mesmo que alimentar a biberão, estabelece uma relação completamente diferente entre a mãe e o bebé. Pode-se ter tido a infelicidade de não conseguir amamentar (embora na maioria dos casos os problemas possam ser evitados), mas dar a entender que isso não tem importância é condescendência e um erro crasso. Um bebé não precisa de ser amamentado para crescer feliz, saudável e seguro, mas ajuda muito.

3. Diz-lhe que o leite da marca x é melhor. Normalmente isto significa que está a ser influenciado pelo representante dessa marca. Pode significar que os seus próprios filhos toleraram melhor essa marca do que outras. Significa que tem ideias preconcebidas e infundadas.

4. Diz-lhe que não é necessário amamentar o bebé logo após o nascimento, pois a mãe está ou estará cansada e, de qualquer modo, muitas vezes o bebé não está interessado. Não é necessário, mas frequentemente é muito útil (consulte os folhetos #1 Breastfeeding—Starting Out Right [Amamentação-Começar Bem]e #1b The Importance of Skin to Skin Contact [A Importância do Contacto da Pele com Pele]). Os bebés podem mamar enquanto a mãe estiver deitada ou a dormir, embora a maioria das mães não queira dormir num momento como este. Os bebés nem sempre mostram interesse em alimentar-se de imediato, mas isso não é razão para os impedir de ter essa oportunidade. Muitos bebés começam a mamar nas duas primeiras horas após o parto e essa é a altura mais favorável para um bom começo, mas não o poderão fazer se forem separados da mãe. Se tiver a impressão de que a pesagem do bebé, as gotas oculares e a injecção de vitamina K têm prioridade sobre o estabelecimento da amamentação, pode duvidar do empenhamento de alguém em relação à amamentação.

5. Diz-lhe que a confusão entre tetina e mamilo é coisa que não existe e que deve começar cedo a dar biberão ao bebé para garantir que ele aceita bem a tetina. Porque deverá começar a dar biberão cedo se afinal não existe confusão entre tetina e mamilo? Argumentar que não há provas da existência dessa confusão é colocar o carro à frente dos bois. Será preciso provar, isso sim, que são inofensivas as tetinas, que nenhum mamífero utilizou antes do homem, e que mesmo este só começou a utilizar mais correntemente no final do século XIX. Mas não está provado que a tetina seja inofensiva para a amamentação. O profissional de saúde que parte do princípio de que a tetina é inofensiva está a olhar para o mundo como se a alimentação a biberão, e não a amamentação, fosse o método fisiologicamente normal de alimentar bebés. Convém acrescentar que o facto de nem todos os bebés que utilizam tetinas – ou até talvez nem sequer muitos – terem problemas com a amamentação não significa que a utilização precoce de tetinas não provoque problemas a alguns bebés. Muitas vezes é uma combinação de factores, um dos quais pode ser a utilização de uma tetina, que dá mau resultado.

6. Diz-lhe que tem de parar de amamentar porque você ou o bebé está doente, ou porque você vai tomar medicamentos ou vai realizar um exame médico. Existem situações ocasionais, raras, em que a amamentação não pode continuar, mas muitas vezes os profissionais de saúde assumem simplesmente que a mãe não pode continuar a amamentar e estão muitíssimas vezes errados. O profissional de saúde que apoia a amamentação fará todos os esforços para descobrir como evitar a interrupção da amamentação (a informação nas páginas brancas do Compendium of Pharmaceutical Specialties azul e o PDR não são boas referências – segundo estes, todas as drogas são contra-indicadas, pois a indústria farmacêutica está mais interessada em livrar-se de responsabilidades do que em proteger os interesses das mães e dos bebés). Quando uma mãe precisa de tomar um medicamento, o profissional de saúde tentará usar medicamentos que não impeçam a mãe de amamentar. (Na realidade, muito poucos medicamentos requerem que a mãe pare de amamentar). É extremamente invulgar haver apenas um medicamento que possa ser usado para um determinado problema. Se a primeira escolha do profissional de saúde for um medicamento que exija que a amamentação seja interrompida, tem o direito de pôr em questão se ele ou ela realmente pensou na importância da amamentação.

7. Fica surpreendido por saber que o seu bebé de seis meses ainda mama. Muitos profissionais de saúde acreditam que os bebés devem continuar com leite artificial durante pelo menos nove meses e até mesmo doze meses (e, agora que as empresas de leite artificial vendem leite para crianças até aos dezoito meses e mesmo até aos três anos, em breve alguns profissionais de saúde estarão a aconselhar as mães a usar leite artificial durante três anos), mas ao mesmo tempo parecem acreditar que o leite materno e a amamentação não são necessários, podendo mesmo ser prejudiciais se continuados por mais de seis meses. Porque será a imitação melhor que o original? Não deverá perguntar a si mesma o que implica esta linha de pensamento? Em muitas partes do mundo, a amamentação até aos dois ou três anos de idade é comum e normal, embora, graças ao bom marketing do leite artificial, isso seja cada vez menos comum.

8. Diz-lhe que o leite materno não possui valor nutritivo após o bebé ter seis meses ou mais. Mesmo que isto fosse verdade, a amamentação continuava a ter valor. A amamentação é uma interacção única entre duas pessoas apaixonadas, mesmo sem o leite. Mas aquilo não é verdade. O leite materno continua a ser leite, com gordura, proteínas, calorias, vitaminas e tudo o resto, e os anticorpos e outros elementos que protegem o bebé das infecções continuam presentes, alguns em maiores quantidades do que quando o bebé era mais novo. Quem lhe disser aquilo, não sabe nada sobre amamentação.

9. Diz-lhe que nunca deve permitir que o bebé adormeça enquanto mama. Porque não? Não há problema se um bebé também conseguir adormecer sem mamar, mas uma das vantagens da amamentação é oferecer-lhe um modo prático de o adormecer quando ele está cansado. É exactamente o que têm feito as mães de todo o mundo desde o início da era dos mamíferos. Um dos maiores prazeres da maternidade é adormecer uma criança nos braços, sentindo o calor que liberta à medida que o sono a vence. Um dos prazeres da amamentação, quer para a mãe quer provavelmente para o bebé, é ele adormecer ao peito.

10. Diz-lhe que não deve ficar no hospital para amamentar o bebé doente pois é importante que fique a descansar em casa. É importante que descanse e o hospital que apoie a amamentação fará com que possa descansar enquanto estiver no hospital para amamentar o bebé. Os bebés doentes não precisam menos de ser amamentados que um bebé saudável, precisam mais.

11. Não tenta ajudá-la caso esteja a ter problemas com a amamentação. Muitos problemas podem ser evitados ou tratados e a maior parte das vezes a resposta aos problemas da amamentação é não utilizar o leite artificial. Infelizmente, muitos profissionais de saúde, particularmente os médicos e ainda mais os pediatras, não sabem como ajudar. Mas existe ajuda. Insista em obtê-la. “Não precisa de amamentar para ser uma boa mãe” é verdade, mas não é resposta a um problema de amamentação.

Dúvidas? (416) 813-5757 (opção 3)
ou drjacknewman@sympatico.ca
ou o livro Dr. Jack Newman’s Guide to Breastfeeding (chamado The Ultimate Breastfeeding Book of Answers nos E.U.A.)
Folheto #18. Como reconhecer um profissional de saúde que não apoia a amamentação .
Revisto em Janeiro de 2005
Escrito por Jack Newman, Médico, F.R.C.P.C. © 2005

Este documento pode ser copiado e distribuído sem autorização, com a condição de não ser usado em nenhum contexto em que o código O.M.S. sobre marketing de substitutos de leite materno seja violado.


Fonte: http://www.naturkinda.com/como-reconhecer-um-profissional-de-saude-que-nao-apoia-a-amamentacao/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MS + UNICEF = GUIA dos DIREITOS da GESTANTE e do BEBÊ: baixe aqui

UNICEF e Ministério da Saúde lançam Guia dos Direitos da Gestante do Bebê
O UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância e o Ministério da Saúde lançaram no dia primeiro de agosto o

Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê,

desenvolvido em parceria pelas duas organizações para fortalecer a capacidade de mães, gestantes e famílias de exigir seus direitos. O lançamento ocorreu durante a abertura nacional da Semana Mundial da Amamentação (SMAM 2011), uma iniciativa internacional da Rede WABA.

O Guia apresenta de forma simples e direta informações essenciais sobre o direito ao pré-natal de qualidade, ao parto humanizado e à assistência ao recém-nascido e à mãe, além de informações sobre a legislação vigente. Ele será um instrumento de capacitação de agentes multiplicadores, que levarão as informações para as comunidades.

O objetivo é contribuir para que a sociedade conheça e saiba como exigir esses direitos, fortalecendo o controle social e, assim, garantindo que os direitos assegurados em lei e transformados em políticas públicas sejam cumpridos.

“É corajosa e inovadora a postura do Ministério de Saúde de participar dessa proposta baseada numa perspectiva de direitos. Por meio dessa iniciativa, o governo fortalece o controle social e a capacidade dos cidadãos de cobrar políticas públicas mais universais e efetivas”, disse a representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier.

Segundo ela, essa é uma iniciativa que pode gerar um ciclo muito positivo: ao ter fortalecida sua capacidade de exigir seus direitos, os cidadãos podem apontar o que está ou não funcionando, ajudando o governo a melhorar os serviços oferecidos, o que pode gerar mudanças positivas no sistema de saúde.

O UNICEF tem desenvolvido materiais similares para fortalecimento das competências familiares adotando o mesmo conceito de “ação em rede” para disseminação das informações. O Guia, no entanto, complementa essas ações ao levar para as famílias informações sobre como exigir seus direitos assegurados pelo marco legal e normativo brasileiro.

Baixe aqui (Dê um download) no aleitamento.com o Guia completo em pdf.


Arquivos para download:
Donwload 1




Autor: Marcus Renato de Carvalho - Biblioteca da Universidade de Pais
Data: 10/8/2011
Fonte: http://www.aleitamento.com.br/a_artigos.asp?id=7&id_artigo=2549&id_subcategoria=13

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Semana Mundial da Amamentação

A Semana Mundial da Amamentação é uma inciativa da WABA -World Alliance for Breastfeeding Action.
O Tema desse ano é "AMAMENTAÇÃO em 3D"

A Flor do Sul participou de vários eventos em comemoração da Semana Mundial da Amamentação.

Seminário Semana da Amamentação 2011com a deputada Marisa Formolo- PT
fonte: www.marisaformolo.com.br




Semana Mundial da Amamentação em ERECHIM/RS.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Selo Blog que Apoia a Amamentação


















Regras

Se você recebeu o convite e deseja participar da campanha em prol do Aleitamento materno, crie uma postagem com os seguintes tópicos:

1- Exiba a imagem do selo “Este Blog apóia o Aleitamento materno - Aleitamento materno é tudo de bom!”.

2- Poste o link:
- do blog que te indicou;
- do Pediatria Brasil: http://www.pediatriabrasil.com.br

3- Indique 5 blogs que você acha que gostariam de participar da campanha. Não se esqueça de avisar os seus indicados.

http://www.amsbrasil.com/

http://www.maylu.com.br/

http://consultoraemamamentacao.blogspot.com/

http://quasepoesia.blogspot.com/

http://www.amigasdopeito.org.br/


4- Publique as regras.

WABA SMAM 2011: FONOS lançam CAMPANHA NACIONAL: "SAÚDE, o Seio da Questão"



Foto:

Betty Gofman, filha da fonoaudióloga Eny Léa Gass (CRFa 3927-RJ),

amamenta as gêmeas Alice e Helena, que vem recebendo exclusivamente leite materno

Abertas as inscrições para a Campanha da Amamentação 2011!

O CREFONO1 lembrará os 30 anos em cada uma de suas cinco campanhas socioeducativas

(Voz, Audição, Aleitamento Materno, Envelhecimento Ativo e, principalmente, Comunicação Humana).

Para isso, adotou uma única arte de camiseta e de cartazes para as ações socioeducativas em 2011,

mesmo aquelas que acontecerão simultaneamente em outros estados,

como “Saúde, o Seio da Questão”

e “Falar e Ouvir bem: um Direito de Todos”.

Estão abertas as inscrições para a I Campanha Nacional “Saúde, o Seio da Questão” no Rio de Janeiro. Numa grande corrente pró amamentação, vamos orientar e sanar dúvidas sobre Aleitamento Materno, de 1º a 7 de agosto. As inscrições vão de 15 a 26 de julho, unicamente pelo site do CREFONO1.

É importante observar o período de inscrições porque não haverá prorrogação. Inscreva-se já!


Autor: Marcus Renato de Carvalho
Data: 25/7/2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lembrancinhas Amiga da Amamentação!!



Lembrança de Nascimento, ou de Chá de Fraldas!
São poucas vezes que conseguimos encontrar lembrancinhas sem aqueles dispensáveis apetrechos "chupetas e mamadeiras".
Pensando nisso oferecemos um kit com 6 unidades! Confira pelo e-mail flordosul@flordosul.com

III Semana da Amamentação e V Semana do Bebê em Erechim/ RS de 02 a 05 de Agosto.



Apresentação dos Materiais Educativos da Flor Do Sul Bonecas no dia 03/08 ás 09:30.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amamentação: Apenas 10 passos?


Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.



Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar esta política.



Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.



Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê.



Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos.



Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica.



Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas.



Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.



Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.




Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

III Seminário Estadual da Semana Mundial de Amamentação 2011
























A Secretaria Estadual da Saúde através da Seção de Saúde da Criança e do Adolescente, convida os profissionais de saúde para participarem do III Seminário Estadual da Semana Mundial da Amamentação de 2011, a ser realizado no dia 02/08/2011 no Auditório Mondercil Paulo de Moraes em Porto Alegre.
Enviar as inscrições até o dia 25/07 para o e-mail: rsaleitamento@gmail.com.
Para mais informações contate: (51)3288-5906 ou (51)3288-5899.

terça-feira, 12 de julho de 2011

A CRIANÇA TERCEIRIZADA - TEMA ENCERRAMENTO CONGRESSO VIRTUAL DE ALEITAMENTO




O Desmame Precoce e a Criança "abandonada" foi a 10a. e última conferencia do CONGRESSO Virtual de ALEITAMENTO - excelente!

A Criança Terceirizada / Dr. José Martins Filho Ola! Uma amiga muito querida me mandou essa entrevista com o pediatra Jose Martins Filho, me identifiquei com o ponto de vista dele, entao achei interessante compartilhar com voces mamães e papais. A... CRIANÇA TERCEIRIZADA Para alguns são monstrinhos: superativos, mal-educados, incapazes de lidar com frustrações e cheios de caprichos. Para outros, uma legião de pequenos emocionalmente desamparados que, mesmo longe das ruas, sofrem um abandono silencioso dentro de casa. Cabe aos pais evitar esse erro. O pediatra José Martins Filho viu passar por seu consultório uma verdadeira revolução social nessas últimas décadas. Embora faça questão de acentuar seu apoio às conquistas femininas, ele tem saudades do tempo em que as crianças iam às consultas levadas pelas mães. "Hoje, é comum receber bebês acompanhados apenas da empregada", lamenta. O fenômeno é tema de seu livro A Criança Terceirizada (Ed. Papirus), no qual ele avalia os prejuízos causados pela ausência dos pais nos cuidados com os filhos. Avô duas vezes, Martins lecionou por 35 anos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde atualmente é pesquisador do Centro de Investigação em Pediatria. Já nos anos 1980, foi pioneiro no incentivo ao aleitamento materno no país, numa época em que as mamadeiras imperavam, e é autor de uma vasta produção científica, que inclui nove livros publicados. ------------------------------​------------------------------​ -------------------- 1. - Qual é o futuro das crianças terceirizadas? É possível educar quando se tem pouco contato? José Martins Filho: Não. Tanto que muitos pais ausentes são dominados pelos filhos de 2 ou 3 anos. Sentem uma culpa enorme pela ausência e, quando ficam junto da criança, tentam compensá-la dizendo sim a tudo. Também é freqüente o que eu chamo de estilo "geléia com pimenta". Os pais são permissivos e os pequenos começam a testar os limites. Como não há regras claras, eles extrapolam até o adulto perder o controle e mostrar seu lado pimenta. Aí, os pais explodem, gritam, ameaçam, partem para o castigo físico. Depois se arrependem e voltam à forma doce e mole. Essa gangorra emocional é sempre terrível e favorece a formação de adultos que se julgam onipotentes. Outro efeito negativo da terceirização diz respeito à colocação de limites. Avós, babás, professores, empregadas podem cuidar, mas eles não têm plena autoridade e, muitas vezes, seus valores não coincidem com os da família. Pais que amam impõem limites e ensinam a respeitar os outros desde cedo. 2. - Seu livro fala do abandono que pode acontecer dentro de casa, com crianças que aparentemente têm todos os recursos para se desenvolver bem. José Martins Filho: De fato e um tipo de abandono silencioso, que não sai nos jornais, mas acontece todos os dias. Um pediatra experiente percebe os sinais: os bebês se machucam e adoecem com freqüência, vão ao consultório com empregados... Outro indício são os pais que reclamam muito da criança e demonstram total impaciência. Alguns chegam a dizer que o bebê é um "chato". O problema não é o filho. São os pais, que não estão sabendo corresponder ao seu papel. Agem como se fosse possível ligar o botão da paternidade pela manhã, brincar um pouquinho, fazer um bilu-bilu e desligar. Mas não é assim. Criança pede atenção, chora, fica doente, exige e, sobretudo, precisa de afeto para se desenvolver. Quem decide ter um filho deve lembrar que, por algum tempo, não vai dar para cair na balada, esticar o chope com os amigos ou fazer hora extra todos os dias. 3. - Existe uma idéia "romantizada" sobre ter filhos? José Martins Filho: Parece que sim. Além disso, falta encarar o fato de que nem todos nascem para ser pais. A sociedade precisa romper o tabu que faz os casais se sentirem na obrigação de ter um bebê. É melhor não ter filhos do que não se dedicar a eles com carinho e maturidade. 4. - Toda ajuda de terceiros é prejudicial? José Martins Filho: Pelo contrário. O apoio de profissionais e pessoas da família é bem-vindo e necessário, especialmente quando se tem um bebê em casa. O que não deve acontecer é a substituição da mãe por babás e outros profissionais. Já vi muitas mulheres que, mesmo no seu tempo livre, delegam os filhos a outras pessoas. Não é de espantar que, quando sofrem uma queda ou têm um pesadelo, essas crianças vão buscar conforto no colo da babá e não no da mãe. 5. - Isso deve causar ciúmes nas mães e confusão para as crianças, não? José Martins Filho: Sim. Quando se dão conta da profundidade do vínculo que o bebê estabeleceu com a babá, muitas mulheres até despedem a profissional. Conheço crianças que, em dois anos, já tiveram de estabelecer ligações com cinco cuidadoras diferentes... A mãe biológica fica enciumada e substitui as babás. É uma violência com o bebê. Não dá para ignorar que ser mãe implica doar tempo à criança, participar de sua vida, confortar nos momentos difíceis. 6.- Muitas mulheres passam a maior parte do tempo fora porque trabalham e seu salário é fundamental para sustentar a casa. Por que a responsabilidade com os bebês recai principalmente sobre os ombros femininos? José Martins Filho: Não quero colocar a culpa nas mulheres, mas não dá para ignorar a importância da mãe nos primeiros anos. Para Winnicott (Donald Woods Winnicott, 1896-1971, famoso pediatra e psicanalista inglês), a capacidade de ser feliz de um ser humano pode depender de apenas uma pessoa e de um tempo. A pessoa é a mãe. O tempo é a infância - em especial, o primeiro ano. Nos primeiros três meses, o pai é importante, mas o bebê necessita da segurança e da proximidade da mãe. Só a partir dos 6 meses, ele começa a se relacionar com os outros. Sou um defensor dos direitos femininos e acho que está na hora de repensar a questão da maternidade como um direito a ser conquistado. 7. - O direito a acompanhar de perto o crescimento e a educação dos filhos, então, seria uma bandeira em tempos de pós-feminismo? José Martins Filho: (risos) Exatamente. Cabe à sociedade encontrar formas de garantir esse direito sem obrigar as mães a abrir mão dos seus outros papéis. Isso é fundamental para termos gerações de crianças mais felizes e bem-educadas no futuro. 8. - Oficialmente, a licença-maternidade no Brasil ainda é de quatro meses... Como preservar o vínculo com o bebê na volta ao trabalho? José Martins Filho: Aconselho a mãe a usar todos os seus direitos para ficar o maior tempo possível com o filho. Ela pode, por exemplo, unir a licença-maternidade a um mês de férias, solicitar os 15 dias adicionais de licença-amamentação e, na volta ao trabalho, negociar com o empregador um horário mais flexível ou até a possibilidade de levar o bebê junto, em um carrinho ou uma cesta, onde ele fique confortável e próximo. Profissionais liberais sempre têm a alternativa de planejar melhor a agenda e diminuir a carga de trabalho nos primeiros meses. Já vi muitas médicas e advogadas que vão trabalhar levando o filho. Nem sempre é fácil, mas vale a pena tentar. 9. - Por que está cada vez mais difícil o estabelecimento dos vínculos familiares? José Martins Filho: Os costumes mudaram rapidamente e a sociedade atual privilegia o individualismo. Do antigo convívio em volta do rádio, as famílias passaram a se organizar ao redor da TV, todos voltados para a tela. Com o computador, as relações familiares se despersonalizam ainda mais. Conheço pais que falam com os filhos por e-mail, estando na mesma casa. A tecnologia e os seus avanços são ótimos, mas não devem substituir o contato pessoal. A supervalorização do consumo, do poder econômico e da fama sem mérito são outras distorções. A mulher é pressionada a ter como prioridade manter-se sexy, bonita e malhada. Com esses valores, por que alguém se sentiria estimulado a doar tempo de sua vida a uma criança? Outro dia, no consultório, uma mãe começou a se queixar das suas obrigações econômicas. "Preciso ganhar dinheiro para manter dois carros e os celulares. Tem o meu e o do meu filho. E as contas são altas!", ela dizia. Não sei se consegui, mas procurei abrir os olhos dessa mãe. Será que vale a pena trocar mais tempo com o filho por um celular? Garanto que o menino precisa mais da presença dela do que de um telefone... Crianças amadas e educadas com a presença sólida dos pais certamente têm mais chances de se tornarem adultos felizes e realizados no futuro. 10. - Preenchendo as ausências - Se os pais passam cada vez mais tempo longe dos filhos, quem os educa? José Martins Filho: Para os canadenses Gordon Neufeld, psicólogo especializado em desenvolvimento infantil, e o médico Gabor Maté, a influência de colegas, ícones jovens e primos vem se tornando mais determinante na formação dos pequenos do que os modelos fornecidos pelos adultos. É o que os especialistas chamam de "educação por pares" - fenômeno que enfraquece a família. Segundo os autores, uma criança só procura as referências dos pais se uma forte ligação entre eles foi estabelecida. "Para uma criança se mostrar disposta a ser educada por um adulto, é preciso que ela tenha um vínculo com ele, queira manter contato e se tornar próxima", destacam os especialistas em seu livro Pais Ocupados, Filhos Distantes - Investindo no Relacionamento (Melhoramentos). Se tudo corre bem, essa proximidade emocional com o bebê se transformará em intimidade psicológica ao longo dos anos. Mas é preciso cultivá-la. - Deixe fotos e lembranças que evoquem momentos felizes de convivência estrategicamente colocadas em quarto, sala, próximas do computador. - Escreva bilhetinhos-surpresa reafirmando seu amor. Ponha-os no lanche, no meio do caderno, debaixo do travesseiro. - Coloque no berço do bebê uma peça de roupa com o seu cheiro. - Se viajar, mostre mapas e fotos de onde vai estar e ligue todo dia. http://educarparacrescer.abril​.com.br/comportamento/pais-aus​entes-424955.shtml Ver mais